CEPEGE IGc USP Centro Paulista de Estudos Geológicos - Centro Acadêmico do Instituto de Geociências
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segunda-feira, 2 de maio de 2011
Ônibus movido a Hidrogênio na Copa 2014
UFRJ desenvolve ônibus movido a hidrogênio. Mais barato que similares europeus, o veículo será usado no Rio durante a Copa de 2014.
O Brasil entra definitivamente na corrida por transportes coletivos sustentáveis e não poluentes com o desenvolvimento de um ônibus movido a hidrogênio a partir de tecnologia totalmente nacional. Até então, o país já havia desenvolvido um veículo similar, porém com tecnologia mista — brasileira e alemã. O ônibus, criado pelo Instituto Alberto Luís Coimbra de Pós-graduação e Pesquisa em Engenharia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ), será uma das opções de transporte na capital fluminense durante a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. O projeto conta com parceria da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor). Reportagem de Silvia Pacheco, no Correio Braziliense.
O que diferencia o veículo de outros similares que já circulam em lugares como a Europa, por exemplo, é que suas pilhas a combustível podem ser abastecidas tanto com hidrogênio(1) como por meio da rede elétrica comum. Além disso, o ônibus é equipado com um sistema capaz de transformar a energia liberada durante as freadas em eletricidade (veja arte).
O sistema de recuperação de energia cinética é o mesmo utilizado nos carros da Fórmula1. A diferença é que, nessa modalidade do automobilismo, ele serve para aumentar a velocidade, enquanto, no ônibus, é utilizado para ampliar a eficiência energética e economizar combustível. "A energia elétrica convertida por esse sistema é lançada no motor, que acaba economizando o hidrogênio a bordo", explica Paulo Emílio Valadão de Miranda, coordenador do Laboratório de Hidrogênio da Coppe. Por conta desse mecanismo de abastecimento, o coletivo não precisa ter uma pilha a combustível enorme nem consumir tanto hidrogênio para se deslocar.
Como resultado, o ônibus híbrido tem uma eficiência energética muito maior que a dos convencionais a diesel. Além disso, ele não emite poluentes. Segundo Miranda, o único resíduo lançado no ar pelo veículo é o vapor d'água, oriundo da reação eletroquímica da pilha a combustível, alimentada de hidrogênio e oxigênio proveniente do ambiente. "Parte desse vapor d'água é condensado e aproveitado no sistema de umidificação das pilhas a combustível", esclarece o coordenador do laboratório. Outro destaque é a ausência de ruído. Por ter tração elétrica, o ônibus a hidrogênio não faz barulho nem dá solavancos no momento da partida, como os coletivos a diesel.
O hidrogênio que abastece o ônibus fica armazenado em dois cilindros com um tubo interno de alumínio, revestido por um polímero de alta densidade e amarrado com fibras de carbono. "Com isso, tem-se cilindros leves, mas que permitem o armazenamento de hidrogênio até 350bar, uma pressão mais elevada do que a usada normalmente", explica o professor da Coppe. O ônibus carrega 15kg de hidrogênio nos dois cilindros, o que lhe dá uma autonomia de 300km.
Por enquanto, a Coppe produziu um protótipo do veículo para rodar pela Cidade Universitária, transportando alunos, professores e funcionários. Segundo Guilherme Wilson, gerente de operações da mobilidade da Fetranspor, a maior qualidade do projeto é sua natureza nacional de desenvolvimento. "É um projeto feito essencialmente por engenheiros brasileiros, dentro da universidade, com resultados já bastante impressionantes", comenta. Wilson diz que a expectativa do setor é testar sua robustez em operações diárias e reais de transporte coletivo de passageiros. "Isso está previsto para 2011", acrescenta.
Custos
Em termos de custo, segundo Miranda, para se fabricar um veículo como o da UFRJ, gasta-se menos da metade do que na produção de um similar europeu. "Isso se dá por conta da tecnologia do sistema híbrido de tração elétrica e produção de energia", destaca. Porém, comparado ao ônibus a diesel comum, o movido a hidrogênio é mais caro. No entanto, a estimativa de Paulo Emílio é que essa diferença desapareça a partir da produção em escala. "Por enquanto, é só um protótipo e não dá como comparar com a produção. No entanto, se formos projetar a produção desse veículo em larga escala, como o ônibus a diesel, a diferença de preço diminui consideravelmente. Além disso, ele tem a vantagem sobre sua operação e manutenção, que são mais baratas do que os ônibus movidos com combustível fóssil", afirma.
Neste momento, os pesquisadores fazem diversos testes, recolhendo dados de operação para, a partir daí, projetarem o que eles chamam de um cabeça de série. Ou seja, o veículo pronto para a comercialização ou para a industrialização em larga escala. "São mais detalhes de refinamento de controles e reposicionamento de equipamentos. O sistema como um todo funciona muito bem, mas temos a mania de refinar as coisas", diz o coordenador do projeto. A perspectiva é que, nos próximos anos, possam ser produzidas pequenas frotas do ônibus a hidrogênio.
1 – Fácil obtenção
O hidrogênio não é um combustível primário como é o petróleo, por exemplo. A vantagem é que ele pode ser produzido a partir de muitas matérias-primas e por meio de processos distintos. Por exemplo, a partir da eletrólise da água e de qualquer biomassa, como resíduos da agropecuária, de esgotos e resíduos industriais, ou ainda de metano oriundo de biogases, como aqueles produzidos em aterros sanitários.
EcoDebate, 27/08/2010
domingo, 14 de novembro de 2010
CEPEGE 2011
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sexta-feira, 10 de setembro de 2010
OCEANOS E SOCIEDADE - IO/USP
O IEA/USP apoia a realização de:
OCEANOS E SOCIEDADE
Em comemoração a:
120 anos de nascimento do Prof. Wladimir Besnard, Pai da Oceanografia Brasileira
60 anos da 1ª Expedição Oceanográfica Brasileira
60 ano do Brazilian Journal of Oceanography
50 anos da criação da Comissão Oceanográfica Intergovernamental, COI-UNESCO
O Instituto Oceanográfico da USP convida para o evento "A atuação da Comissão Oceanográfica Intergovernamental e a relação entre pesquisa oceanográfica e políticas públicas no Brasil", que será realizado no próximo dia 18 de novembro de 2010, das 8h30 às 19h00, no auditório Prof. Dr. Plínio Soares Moreira do IO/USP (Praça do Oceanográfico, 191, Cidade Universitária, Butantã, São Paulo).
As inscrições para o evento serão realizadas exclusivamente pela internet em http://www.oceanosesociedade.io.usp.br . As vagas são limitadas.
A motivação para a realização desse evento é a necessidade de uma reflexão a respeito da relação entre os oceanos e a sociedade. Pretende-se discutir a relação entre pesquisa oceanográfica e as políticas públicas para a zona costeira e oceânica no Brasil, tendo por base a estratégia de atuação da COI no mundo. É premente promover e incrementar o diálogo entre os atores envolvidos com as ciências marinhas – sociedade civil, instituições de ensino e pesquisa, governos em todas as esferas, órgãos de fomento à pesquisa.
Programação
08h30 abertura
09h00 Conferência: A Política de Fomento à Pesquisa Oceanográfica da FAPESP
Carlos Henrique de Brito Cruz, Diretor Científico da FAPESP
10h00 Mesa Redonda Pesquisa Oceanográfica e Políticas Públicas no Brasil: Lacunas e Potencialidades
Contextualização do tema dentro do marco teórico do Manejo Costeiro Integrado
Moderador: Frederico Brandini, IO/USP
Relator: Alexander Turra, IO/USP
Debatedores:
Poder Executivo Federal
· Ministério do Meio Ambiente, Programa Nacional de Gerenciamento Costeiro – MMA/GERCO
· Ministério da Ciência e Tecnologia
· Centro de Estudos Estratégicos – CGEE
Poder Legislativo
Terceiro Setor
· Greenpeace
13h00 almoço
14h30 Conferência A Comissão Oceanográfica Intergovernamental e suas Linhas de Atuação
Representante do COI
15h30 Mesa Redonda Pesquisa Oceanográfica e Políticas Públicas no Brasil: Políticas de Fomento
Contextualização do tema enfatizando que o fomento para políticas públicas tem caráter diferenciado do fomento à pesquisa tradicional
Moderadora: Ilana Wainer, IO/USP
Relator: Alexander Turra, IO/USP
Debatedores:
· FAPESP
· CNPq
· Petrobras
· Pró-Reitoria de Pesquisa da USP
· Comissão Interministerial para os Recursos do Mar - CIRM
18h00 Lançamento do livro "Professor Wladimir Besnard"
18h30 Coquetel de Confraternização
Portal Periódicos Eletrônicos Geociências PPeGeo
O Portal de Periódicos Eletrônicos em Geociências (PPeGeo) foi lançado em 16/10/2009, durante o 11º Simpósio de Geologia do Sudeste, em Águas de São Pedro (SP).
O Portal de Periódicos Eletrônicos em Geociências - PPeGeo - reúne uma coleção de periódicos científicos da Área de Geociências. O PPeGeo é resultado de uma parceria entre a Sociedade Brasileira de Geologia e o Serviço de Biblioteca e Documentação do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo.
O objetivo do Portal é disponibilizar Periódicos Científicos de interesse para a Área de Geociências em Ambiente Digital e com Acesso Aberto, promovendo a democratização do acesso ao Conhecimento Geocientífico gerado nos grandes centros de pesquisa à comunidade em geral.
Para estruturação desta coleção, o PPeGeo (Portal de Periódicos Eletrônicos em Geociências) estabeleceu uma parceria com o Centro Latino Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde, que cedeu a metodologia SciELO Scientific Electronic Library Online (Bireme/FAPESP), a qual oferece um modelo de publicação eletrônico de periódicos.
Os responsáveis pelo portal esperam agregar mais títulos por meio da adesão dos editores. Mais informações sobre adesões com Erica Moreschi de Oliveira, pelo e-mail moreschi@usp.br
PPeGeo: http://www.ppegeo.igc.usp.br/